quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

As Vamps do Cinema

No início do Século XX, o Cinema ainda era mudo (até o final da década de 20). Assim, as mãos e o rosto, principalmente os olhos, deveriam expressar o que a pessoa estivesse pensando, sentindo, planejando...E, nesse contexto, surgiram as "vamps", que eram as mulheres sensuais, com olhares lânguidos e expressivos. Abaixo, vamos conhecer um pouco mais essas "vamps" famosas:


Theda Bara (1885/1955): Theodosia Burr Goodman era de Ohio (EUA). Mas ela tinha origens polonesas e judias, em seu sangue. Em 1908, mudou-se para New York, com 23 anos. Nesse mesmo ano, estreou na Broadway, com a peça The Devil. Entre 1914 e 1926, Theda Bara participou de cerca de 40 produções cinematográficas. O mais famoso desses filmes foi Cleopatra (1917).


Louise Glaum (1888/1970): nasceu em Baltimore (Maryland), mas era filha de alemães. Louise começou a atuar em 1907, em Crucifixus (teatro). No cinema, ela estreou em 1912, em When the Heart Calls, mas começou a representar papéis de vamp em The Toast of Death. Ela ainda trabalhou até os anos 30 em cinema, e voltou aos teatros, nos anos 40 e 50. Morreu aos 82 anos, em 1970.


Musidora (1889/1957): Jeanne Roques nasceu em Paris (França) e foi criada por uma mãe feminista e um pai socialista. Aos 15 anos já escrevia e atuava nos palcos. Fez seu primeiro filme em 1914, mas foi nos filmes de Louis Feuillade que ficou famosa. Ela adotou o nome de Musidora ("dom das musas", em grego), e interpretou Irma Vep em Les Vampires e Diana Monti, em Judex. Trabalhou até os anos 20, e morreu em 1957, aos 68 anos...


Pola Negri (1897/1987): Apolonia Chalupec nasceu em Lipno, Rússia (atual Polônia). O pai dela, Juraj Chalupec, foi preso pelos russos e enviado para a Sibéria, por atividades revolucionárias, Apolonia foi com a mãe para Varsóvia, onde viveram em extrema penúria. Mesmo assim, ela conseguiu ingressar no Imperial Ballet de Varsóvia, que era patrocinado pelo Czar Nicolau II, e onde trabalhou Ana Pavlova. Mas um surto de tuberculose a obrigou a parar de dançar. Foi no sanatório, se recuperando da doença, que ela adotou o nome Pola Negri. Depois de curada, ingressou na Imperial Academia de Artes Dramáticas de Varsóvia. Sua estréia teatral foi em 1912, aos 15 anos. Ela se formou em 1914. Nesse mesmo ano, ela estreou no cinema, em Slave to her Senses. Em 1917, ela mudou-se para Berlim, onde conheceu Ernst Lubitsch, e fez alguns filmes com ele, em 1918, entre eles Carmen. Em 1919 fez Madame DuBarry, que fez enorme sucesso, na Europa e nos Estados Unidos. Esse sucesso fez com que Hollywood levasse Ernst Lubitsch e Pola Negri para perto da "capital do Cinema". Pola Negri chegou em 1922, aos 25 anos. A sua ida serviu de influência para que outras atrizes também migrassem para os EUA: Greta Garbo,  Marlene Dietrich, Ingrid Bergman, Sophia Loren...



Nos EUA, Pola Negri logo se tornou famosa, com suas unhas pintadas, seus turbantes e suas botas de pele. E também foi morar numa mansão, copiada da Casa Branca. Em 1923 ela fez Bella Donna, The Cheat e The Spanish Dancer. Mas sua carreira em Hollywood foi curta: em 1928, mudou-se para um castelo na França, para ter seu bebê, que posteriormente perdeu. Ela voltou ao cinema europeu, nas décadas de 30 e 40, quando finalmente parou. Morreu em 1987, com 90 anos...

Para saber mais: em 30/11/2010 já escrevi sobre esse assunto: 

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