quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sarah Bernhardt (1844/1923)

Henriette Rosine Bernhardt nasceu em Paris, em 1844. Sua mãe era holandesa, e chamava-se Julie Bernardt (1821/1876), e seu pai era desconhecido. Sem ter como sustentar a filha, Julie se transformou em "cortesã", assumindo o nome de Youle. O H do sobrenome foi acrescentado pela própria Sarah, quando providenciou um registro de nascimento falso, já famosa.


Quando pequena, Sarah foi mandada para um convento, perto de Versalhes. Depois, em 1860, começou a frequentar um conservatório de música, e se tornou estudante  na Comèdie Française, onde estrearia como atriz, em 1862, aos 18 anos.


Mas esse trabalho durou pouco: ela foi "convidada" a demitir-se, após esbofetear outra atriz. Por isso, ela foi para a Bélgica, onde envolveu-se com  Charles-Joseph Eugène Henri (1837/1914), Príncipe de Ligne, com quem acabou tendo seu único filho, Maurice Bernhardt, em 1864.


Maurice Bernhardt (1864/1928)

Sarah não se casou com o Príncipe, e acabou se tornando cortesã, por volta de 1865, e comprou um caixão, onde dormia muitas vezes, ao invés de dormir numa cama. 




Em 1866, Sarah foi contratada pelo  Théâtre de L'Odéon, onde começou a atuar. Mas, durante a Guerra Franco-Prussiana (1870/1871), o teatro foi convertido em hospital, e Sarah trabalhou como enfermeira. Abaixo, Sarah em 1869, pintada por Marie-Désiré Bourgoin (1839/1912).




Após esse período de guerra, Sarah voltou a atuar, e começou a fazer sucesso na Europa e nos Estados Unidos. Ela também alugou o Théâtre de la Renaissance, e interpretou Hamlet, num papel polêmico para a época. Logo, começou a ser conhecida como "A Divina Sarah".


Sarah Bernhardt em 1876 - Georges Clairin (1843/1919)

Sarah Bernhardt, obra de 1878 - Louise Abbéma (1853/1927)

Sarah Bernhardt em 1879 - Jules Bastien Lepage (1848/1884)

Sarah Bernhardt como Hamlet - 1880

Ainda em 1872, Sarah voltou à Comédie Française. Ela também ensinou outras a atuar, como Liane de Pougy (1869/1950):


Sarah teve vários romances, e muitos com artistas, incluindo mulheres, como Louise Abbéma. Em 1882, casou-se com o ator grego Aristides Damala, também conhecido como Jacques Damala (1855/1889):


Sarah Bernhardt foi retratada por muitos artistas:

Em 1881, por Alphonse Mucha (1860/1939)

Em 1882, por Alfred Stevens (1823/1906)

Em 1883, com Christine Nillsen - Julius LeBlanc Stewart (1855/1919)

Cartazes das peças de Sarah, feitos por Alphonse Mucha

Busto de Sarah, feito por Jean-León Gérôme (1824/1904), por volta de 1890

Por esse pequeno acervo de quadros e esculturas, podemos ter uma pequena ideia da importância e fama que Sarah Bernhardt atingiu, no Século XIX. Há quem diga que ela foi a maior atriz daquele século. E não poderia ficar de fora do cinema...

Quando os Irmãos Lumière realizaram a primeira seção de cinema, em 1895, Sarah Bernhardt tinha 51 anos, e já era uma estrela do teatro. Abaixo, a atriz em 1896:


Cinco anos depois, em 1900, ela apareceu num pequeno filme, de menos de dois minutos, chamado Le Duel d'Hamlet:



Abaixo, a atriz retratada por Paul Berthon (1872/1909), em 1901:


Em 1905, Sarah Bernhardt veio ao Brasil e, durante um apresentação no Rio de Janeiro, acabou machucando o joelho direito, e esse machucado foi piorando...


Em 1907, pintada por Theobald Chartran (1849/1907)

Em 1908 Sarah gravou La Tosca e em 1911, La Dame aux Camélias/Camille:


Mas seu maior sucesso foi  Les Amours d'Elisabeth, Reine d'Angleterre, em 1912:



Sarah Bernhardt como Elizabeth I, em 1912, na Vanity Fair

Em 1915, ela fez Mères Françaises e Ceux de Chez Nous:


Em 1915, pintada por Walter Spindler

Nesse mesmo ano, sua perna direita foi amputada, devido à gangrena provocada pelo acidente em 1905. Ficou alguns meses numa cadeira de rodas, mas colocou uma prótese de madeira, e continuou trabalhando.


Em 1916, filmou  Jeanne Doré.




Em 1921, apareceu em Daniel.




Em 1923 ela participou de La Voyante, quando já estava mortalmente doente. Morreu neste mesmo ano, aos 79 anos.


Seu corpo está enterrado no Pére Lachaise Cemetery, em Paris


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